CONSELHO NACIONAL DE OFICIAIS DA RESERVA – 23 ANOS
O Conselho Nacional de Oficiais da Reserva – CNOR – foi criado em 22 de abril de 1997, com a denominação de Conselho Nacional de Oficiais R/2 do Brasil, no Centro de Preparação de Oficiais da Reserva do Rio de Janeiro – CPOR/RJ – durante a realização do I Encontro Nacional de Oficiais da Reserva do Exército – I ENOREx – promovido pela Associação dos Ex-Alunos do CPOR/RJ, fundada cinco anos antes, em 13 de abril de 1992, (atual Associação dos Oficiais da Reserva do Rio de Janeiro – AORE/RJ).
O I ENOREx, conforme meu relato em depoimento no livro “Formação de Oficiais da Reserva”, da Coleção História Oral do Exército, publicação da Biblioteca do Exército, (2010, pag. 173 a 194), surgiu em decorrência de uma conversa que tive com o grande chefe militar General de Exército Gleuber Vieira, então Chefe do Departamento de Ensino e Pesquisa do Exército (DEP), atualmente Departamento de Educação e Cultura do Exército (DECEx). No ano de 1996, como presidente da AssEx-AlCPOR/RJ desde a sua fundação em 1992, promovi o I Ciclo de Palestras de Atualização de Oficiais R/2 no auditório do CPOR/RJ. O Ciclo, realizado em três sábados, teve a presença de cerca de 100 (cem) oficiais R/2. No encerramento do evento, após a palestra do Chefe do DEP, houve um jogo de futebol entre os times da Associação e dos oficiais do CPOR/RJ, seguido de almoço, durante o qual o General Gleuber perguntou-me se sabia da existência de outras entidades congêneres no Brasil. Respondi-lhe que sim. Ele então, com o discernimento dos grandes comandantes, sugeriu-me a realização de um encontro das diretorias dessas entidades, no CPOR/RJ, com o apoio da OM, da Diretoria de Formação e Aperfeiçoamento (DFA, hoje DESMil) e do próprio DEP. Acrescentou, ainda, com sua habitual lucidez, que desse encontro talvez pudesse surgir uma entidade central, aglutinadora das demais, que seria o elo com o comando do Exército. Claro que, para mim, tais sugestões tiveram o sentido de missão dada, missão cumprida. Assim, no ano seguinte – 1997, realizamos com total sucesso o I ENOREx, quando foi fundado o CNOR, com a participação das Associações do Rio de Janeiro, São Paulo, Recife, Belo Horizonte, Petrópolis e Porto Alegre, tendo como entidade convidada a Sociedade de Amigos do CPOR/SP (SOAMI).
Dai em diante, até os dias atuais, foi uma longa missão. Durante vinte anos, de 1997 a 2017, meus companheiros oficiais R/2, irmãos de armas, sentimentos, valores e ideais, me honraram com a presidência CNOR. Juntos, conduzimos a entidade nacional ao destaque que hoje desfruta na sociedade, em especial no meio militar. Vinte anos foi uma longa jornada. Com muito trabalho, inúmeras alegrias, algumas tristezas, felizmente poucas decepções. Agradeço às centenas de camaradas que, por todo esse tempo, colaboraram para o êxito da missão. Muitos deles já não se encontram, fisicamente, entre nós. Mas suas ações, solidariedade, companheirismo e dedicação, jamais serão esquecidos. Certamente estão no comando das Legiões Celestes. Um agradecimento especial aos companheiros da ativa, Chefes, Comandantes e Subordinados, pelo incentivo e fundamental apoio ao CNOR.
O Conselho Nacional de Oficiais R/2 veio para ficar. As gerações que sucederam aqueles pioneiros que, como eu, ensarilharam as armas, haverão de aprimorar, cada vez mais, o SISTEMA CNOR.
À Diretoria do Conselho Nacional dos Oficiais da Reserva, na pessoa de seu insigne presidente, Tenente Rogério, aos presidentes, diretores e associados das quase trinta entidades filiadas e a todos os Oficiais da Reserva das Forças Armadas brasileiras, meus cumprimentos pelo 23º aniversário da entidade. BRASIL ACIMA DE TUDO!
Rio de Janeiro, 22 de abril de 2020
Sérgio Pinto Monteiro – 2º Ten R/2 Art – CPOR/RJ – Tu 1961
PATRONO DO CONSELHO NACIONAL DE OFICIAIS DA RESERVA