CNOR

Sistema CNOR – Breve histórico

Nos dias 21 e 22 Abr 97, a então denominada Assoc Ex-Al CPOR/RJ realizou o 1º Encontro Nacional de Oficiais da Reserva (R/2) do Exército Brasileiro – I ENOREx.

No quartel do CPOR/RJ, ainda na Avenida Pedro II, no bairro imperial de São Cristóvão, reunimos, num memorável Encontro, as delegações de 06 das 10 Associações de Oficiais R/2 existentes no País: São Paulo (1954), Recife (1982), Belo Horizonte (1988), Rio de Janeiro (1992), Porto Alegre (1993) e Petrópolis (1996). Não se fizeram representar as entidades de Salvador (1989), Natal (1993), Fortaleza (1993) e São Luís (1995).

Como convidada, uma representação da Sociedade de Amigos do CPOR/SP.

No ano anterior, a Assoc Ex-Al CPOR/RJ havia promovido o “1o Ciclo de Palestras para Atualização de Oficiais R/2”, com o apoio do DEP (hoje DECEx), da DFA (hoje DESMil) e do CPOR/RJ. Outras Associações, como a de Recife, já desenvolviam Encontros de Atualização de um dia de Palestras, desde a década de 80, mas não um Ciclo de vários dias.

Realizado em 3 finais de semana, o Curso reuniu cerca de 80 Oficiais R/2 e, em seu encerramento, o Chefe do DEP, Gen Ex Gleuber Vieira, dirigiu ao Presidente da Assoc Ex-Al CPOR/RJ as seguintes palavras:

“Ten Monteiro, sugiro que a Assoc Ex-Al CPOR/RJ promova uma reunião entre as diretorias das 5* entidades congêneres em atividade no País, visando uma desejável integração entre elas. Quem sabe desse Encontro surja uma organização nacional que possa atuar como elo entre as Associações e o Exército.”

* em 1996 só se conhecia 5, mas já havia Salvador, Natal, Fortaleza e São Luís, e neste ano foi fundada Petrópolis.

Missão dada, missão cumprida.

Graças à extraordinária visão estratégica do Gen Ex Gleuber, cerca de 180 Oficiais R/2 de todo o País, participantes do I ENOREx, decidiram, em Assembleia Geral realizada em 22 Abr 97, por unanimidade, criar o Conselho Nacional de Oficiais R/2 do Brasil.

Parece que foi ontem, mas mais de 20 anos se passaram.

O tempo é inexorável. Muitos daqueles Oficiais que participaram da criação do CNOR permanecem conosco. Outros partiram e os reverenciamos como exemplos de soldados
que dignificaram o uniforme verde-oliva e cidadãos que honraram seu País.

Cabelos embranqueceram, e anos após novos integrantes passaram a chegar, somando amizade, lealdade, companheirismo e vitalidade ao ideal. Também é verdade que alguns já não têm o mesmo vigor físico. Mas, o ideal que os impulsionou ao cumprimento da missão permanece imutável e vibrante até os dias de hoje.

Em 2009, na Plenária do XI ENOREx-Brasília, o CNOR recomendou que todas as Associações de Ex-alunos alterassem sua denominação para Associação de Oficiais da Reserva – usando a sigla AORE, a pedido inclusive de vários chefes militares, tanto para facilitar a ligação e a identificação dessas Associações no meio militar, quanto para que se adquirisse uma padronização e sentido de organização e unidade no esforço e no ideal nacional de representação da oficialidade reserva não remunerada.

Em 2015, numa Reforma no Estatuo do CNOR, esta recomendação passou a ser oficial, e, além desta, todas as categorias de Oficiais da reserva, do Exército, Marinha ou Aeronáutica, poderiam agora pertencer aos quadros das AOREs. O CNOR muda sua designação de “Conselho Nacional de Oficiais R/2 do Brasil”, para “Conselho Nacional
de Oficiais da Reserva”. A nova versão do estatuto, para preservar a essência da origem do Sistema, estabeleceu que as associações regionais filiadas ao CNOR tivessem o seu
quadro social majoritariamente constituído por oficiais R/2.

A grandeza do Brasil é o objetivo da Oficialidade R/2. E o Exército Brasileiro, nosso maior parceiro e berço inestimável de valores nessa nobilitante missão.

Há mais de 20 anos éramos 06 Associações conhecidas e que se associaram entre si para criar um órgão nacional e central. Hoje, graças ao excelente trabalho desenvolvido
pelas diretorias do CNOR e de suas filiadas, estão ativas mais de 30 entidades regionais e várias outras em fase de filiação, em perfeita consonância com as diretrizes do CNOR.

Cadastramos mais de 10.000 Oficiais R/2 que, como formadores de opinião, atuam intensamente no segmento civil da sociedade brasileira.

Os Encontros Nacionais se multiplicaram. De Manaus a Porto Alegre, realizamos anualmente o nosso tradicional ENOREx, com uma média de participação de cerca de 300 Oficiais R/2.

As dificuldades para o crescimento das nossas organizações são conhecidas. Faltam-nos, especialmente, recursos humanos e financeiros, o que tem sido superado pela dedicação, esforço e competência de numerosos companheiros, que ao longo desses 19 anos deram e continuam dando a sua inestimável contribuição para o fortalecimento do ideal nacional, por meio do CNOR e das Associações.

Ao Exército Brasileiro, que um dia nos acolheu ainda meninos e nos transformou em Oficiais e em líderes, oferecemos os nossos mais nobres sentimentos de lealdade, afeto,  gratidão, respeito, apoio, consideração e solidariedade. Aos nossos oficiais da reserva de todo o Brasil, conclamamos todos a cada dia para se engajarem cada vez mais nesse mister de unidade e coesão nacional da classe, em nome do fortalecimento e valorização da nossa tropa, e das grandes transformações que podemos realizar juntos em prol do nosso país.

Somos a sua Reserva, atenta e cada vez mais forte. Valores do nosso Exército, valores
do nosso Brasil.

Depto Ass Culturais CNOR
Ano 2016