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Mensagem recebida do Cmt do EB

Estimados integrantes do Conselho Nacional de Oficiais da Reserva


A incorporação dos oficiais formados pelos Centros de Preparação de Oficiais da Reserva (CPOR) e Núcleos de Preparação de Oficiais da Reserva (NPOR) constitui-se um marco fundamental da evolução do Exército Brasileiro. Foi uma grande inovação, ocorrida na década de 1920, quando o então Capitão Correia Lima teve a ideia de convocar os alunos das faculdades para realizar um curso, durante as férias e nos fins de semana, com vistas a construir uma reserva de alto nível. Fruto de seu trabalho, foi nomeado Comandante do primeiro CPOR do Brasil, no Rio de Janeiro. Desde então, inúmeros outros centros e núcleos foram criados nas principais cidades de nosso País.


A participação de oficiais e praças da reserva nos principais eventos históricos do País é fato notório e revela o acerto daquela inovação. Dentre esses eventos, destaco a luta contra o nazifascismo nos campos da Itália, durante a 2ª Guerra Mundial. A tropa da Força Expedicionária Brasileira, a FEB, era integrada por 1.070 (mil e setenta) oficiais subalternos, dos quais 453 (quatrocentos e cinquenta e três) eram oriundos dos CPOR/NPOR. Dos 13 (treze) oficiais tombados no cumprimento do dever, 6 (seis) eram oficiais da reserva (oficial R/2). Ressalta-se, sobretudo, que o único brasileiro agraciado pelo governo americano com a Distinguished Service Cross foi o Tenente R/2 Apollo Miguel Rezk, herói da FEB.


Atualmente, na linha bélica, técnica ou de saúde, o militar da reserva, enquanto convocado, exerce papel fundamental na Força, desempenhando missões complexas e desafiadoras nas diversas organizações militares, em todo o território nacional. Os quadros oriundos dos CPOR/NPOR representam a maioria de nossos oficiais subalternos. Além disso, o oficial R/2 atua, perante a sociedade brasileira, como formador de opinião e difusor dos princípios e valores adquiridos na caserna. Após o serviço ativo, tornam-se verdadeiros embaixadores da Instituição, em virtude de seu desempenho profissional e de sua capacitação intelectual, assim como pelas posições de destaque que naturalmente ocupam.


Nesse contexto, gostaria de ressaltar a relevância do Conselho Nacional de Oficiais da Reserva (CNOR). Esse Conselho foi criado em 1997 e conta, atualmente, com cerca de 30 (trinta) Associações de Oficiais da Reserva do Exército (AORE) filiadas. O CNOR e as AORE materializam a chama do ideal de servir que une ativa e reserva. Reconhecemos, com efeito, os bons serviços prestados pelo Conselho e pelas Associações, cujas presenças e apoio incondicional revelam os valores dos eternos Soldados de Caxias. Em virtude disso, atendendo proposta do CNOR, o Exército concebeu o Dia do Oficial R/2, comemorado em 4 de novembro. Também, recentemente, determinei a criação de uma estrutura no Gabinete do Comandante do Exército para manter uma ligação direta com o Conselho.


Ainda como reconhecimento, o Exército implementou várias iniciativas para valorizar, cada vez mais, a importância da reserva, com destaque para as comemorações do 18 de julho, o Dia do Veterano, criado por Portaria do Comandante do Exército com a finalidade de despertar o sentimento de pertencimento e orgulho naqueles que deixaram o serviço ativo. Ademais, o Centro de Comunicação Social do Exército criou o projeto “Reserva pró-Ativa: apresente-se para a missão”, hoje com mais de 11 (onze) mil usuários cadastrados, o qual, por meio de produtos de mídia, proporciona a interação entre o Comando do Exército e a reserva.


Por fim, a nossa Força Terrestre sente-se honrada em tê-los como veteranos que, durante o serviço ativo, labutaram arduamente para manter a prontidão operacional e logística. E que, ao passarem para a reserva, constituem importante elo com a sociedade civil para a manutenção dos valores e tradições da Instituição.


Continuemos em frente, irmanados pelo ideal de servir e defender a Pátria. Brasil! Acima de tudo!

AspMarcelino

Diretor de TI do CNOR