ArtigosDestaquesNotícias

SOLDADOS DE CAXIAS, “APRESENTAR ARMAS”!

Sérgio Pinto Monteiro*

Luiz Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias, insigne Patrono do Exército Brasileiro, nasceu em 25 de agosto de 1803, no município de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro. Desde seu batismo de fogo, em 1823, quando o Batalhão do Imperador, onde servia, reprimiu na Bahia um movimento contra a independência, até 1875 quando, pela terceira vez, foi nomeado Ministro da Guerra e presidente do Conselho de Ministros, Caxias destacou-se como grande militar, excelente comandante e estadista de primeira grandeza. Disciplinador, eficiente gestor administrativo, recebeu o título de Caxias, o Pacificador, pela simplicidade, humanidade e altruísmo com que conduzia suas ações. É, pois, com justa razão que o Duque de Caxias foi proclamado não só Conselheiro da Paz, senão também o Pacificador do Brasil.

Os Regulamentos Militares estabelecem, por voz ou toques de corneta, entre outros, o comando de “Apresentar Armas”, com o significado geral de honraria e subordinação. Essa posição de “Apresentar Armas” permite, no cenário brasileiro, algumas reflexões, que focaremos no Exército, mas aplicáveis à Marinha e à FAB.

Os Soldados de Caxias, desde seus precursores que expulsaram os holandeses do nordeste brasileiro, até os dias atuais, “Apresentam Armas” à Pátria e ao Povo do nosso país. Assim o fazem, diuturnamente, no cumprimento de suas missões constitucionais, que incluem intensa, constante e eficiente participação – por vezes decisiva – no atendimento das mais variadas necessidades na nação e do povo brasileiro. Os Soldados de Caxias são histórica, real e comprovadamente, o “Povo em Armas”, sempre presentes, atentos e prontos.

A crise política-institucional brasileira vem se agravando perigosamente. O sistema de freios, pesos e contrapesos, não tem sido eficazes para equilibrar e solucionar nosso cenário caótico, que tende a progredir para dias piores.

Cumprimentamos os Soldados de Caxias pelo transcurso da sua significativa data. E externamos nossa esperança – mais que isso, a convicção – de que os herdeiros de Caxias, Tamandaré e Eduardo Gomes, no exercício de sua missão constitucional de DEFESA do país, permanecerão, incansavelmente, na nobilíssima posição de “APRESENTAR ARMAS” à Pátria e ao Povo Brasileiro.

“… CUJA HONRA, INTEGRIDADE E INSTITUIÇÕES DEFENDEREI, COM O SACRIFÍCIO DA PRÓPRIA VIDA” (Compromisso do Aspirantado).

*Oficial da Reserva, Historiador, Presidente do Conselho Deliberativo da ANVFEB, Vice-presidente da Liga da Defesa Nacional, Membro da Academia Brasileira de Defesa, da Academia de História Militar Terrestre do Brasil e do Instituto Histórico de Petrópolis.

AspMarcelino

Diretor de TI do CNOR